CONSIDERAÇÕES GERAIS E DE PROJETO

COMPORTAMENTO AO FOGO

O Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios, portaria n.º 1532/2008, define as regras a que deve obedecer a construção de edifícios e os requisitos de comportamento ao fogo dos materiais e sistemas utilizados, estando definidos no artº 7 os requisitos para instalação de sistemas ETICS. Os requisitos de reação ao fogo são cumulativos, considerando o sistema ETICS e o isolante térmico incorporado.

Instalação e localização das barreiras corta-fogo

Uma possível recomendação em edifícios até 28 m ou quando os riscos de incêndio sejam acrescidos, por exemplo em edifícios públicos de fácil acesso, consiste na aplicação ao nível de cada piso de faixas resistente ao fogo, usando placas FKD – S Thermal, diminuindo deste modo o risco de propagação de incêndios através da fachada.

Do ponto de vista estético esta solução não altera a continuidade do acabamento uma vez que este, em conjunto com o barramento armado, é aplicado de forma continua sobre as placas.

AVALIAÇÃO E PREPARAÇÃO DOS SUPORTES

Os sistemas DANOTHERM® podem ser aplicados sobre suportes novos (alvenarias de tijolo cerâmico, bloco de betão leve, bloco de betão corrente, betão, reboco ou placas pré-fabricadas, do tipo OSB, ou outras) ou existentes (reboco, pintura e cerâmica), mediante avaliação prévia.

Deverão ser analisadas condições como resistência, coesão, aderência ou planimetria, de forma a selecionar as melhores soluções com este tipo de sistemas e avaliar as eventuais medidas corretivas.

REMATE JUNTO AO SOLO

Atendendo ao frequente contacto com água nestas zonas, deve evitar-se a aplicação de revestimentos de base orgânica do tipo REVESTIDAN SATE® acrílico, devendo optar-se por cerâmica, pedra natural ou outro revestimento resistente à presença frequente de água. Para além disso, deve ser previsto um esquema de drenagem à água adequado, que garanta um escoamento rápido, eficaz e capaz de contribuir para a durabilidade da solução.

RESISTÊNCIA MECÂNICA EM ZONAS ACESSÍVEIS

As zonas acessíveis são particularmente sensíveis quanto ao risco de danos na superfície causados por impactos ou perfurações, sobretudo em locais públicos. Possíveis soluções de reforço:

  • Aplicação de ARGOTEC® Fixtherm Ready, argamassa pronta a aplicar e com elevada resistência mecânica, incorporando uma camada de rede de fibra de vidro;
  • DANOTHERM® Cerâmico, prevendo a colagem de revestimentos cerâmicos dentro dos limites recomendado;
  • DANOTHERM® XPS, prevendo reforço com dupla camada de rede.

TRATAMENTO DE PONTOS SINGULARES

Quando o sistema não é aplicado abaixo da cota de pavimento, deverá ser considerada uma altura mínima ao solo de 10 cm, prevendo a impermeabilização com DANOCRET PROTECT 300 FLEX. Deverá ser aplicado um perfil de arranque em PVC ou alumínio, visando dificultar a degradação do sistema por contacto direto com o terreno e prever juntas com o mínimo de 2 mm entre topos de perfis.

Nas áreas de descontinuidade deverá ser prevista a aplicação em forma de L.

As placas isolantes são aplicadas em posição horizontal, em fiadas sucessivas, de baixo para cima, contrafiadas em relação à fiada inferior. Nas esquinas os topos das fiadas de placas deverão ser alternados para melhor travamento do sistema.

A aplicação da argamassa de colagem deverá ser efetuada de forma que entre a placa isolante e o suporte não passe ar e, sempre que possível, deverá ser colada totalmente à superfície do suporte, de forma a minimizar os fenómenos de curvatura das placas.

Sempre que o desvio de planimetria do suporte seja superior 10 mm, medido com régua de 2 m, corrigir com reboco adequado.

Os métodos de colagem podem ser por pontos, espalhando a argamassa no perímetro da placa e pontos ou cordões transversais no centro do mesmo (placas isolantes em EPS ou XPS), ou colagem total, espalhando na totalidade da superfície da placa isolante (placas isolantes em MW ou sistema com colagem de cerâmica).

TRATAMENTO DE PONTOS SINGULARES

Deverão ser aplicadas fixações mecânicas complementares à colagem das placas isolantes em obras de reabilitação e sempre que as condições ou os sistemas o exijam. Esta aplicação é realizada com buchas adequadas, selecionadas em função do sistema previsto, prevendo reforços em zonas mais exigentes, por exemplo esquinas ou áreas com forte exposição ao vento. As buchas deverão ter comprimento adequado à espessura da placa isolante a fixar.

Deverá ser prevista a aplicação de perfis adequados para tratamento de pontos singulares:

  • DANOTHERM® Perfil de Esquina
  • DANOTHERM® Perfil Pingadeira
  • DANOTHERM® Perfil Junta de Dilatação

Para além disso, recomenda-se a aplicação de tiras de rede na zona envolvente dos vãos.

REMATES SUPERIORES DE FACHADAS E PARAPEITOS

A disposição e a configuração dos remates superiores da fachada e dos peitoris das janelas é fundamental para garantir o afastamento da água nas fachadas, impedindo que escorra diretamente sobre o revestimento e arrastando e depositando sobre este os detritos acumulados na superfície do elemento de remate. Estes elementos deverão garantir uma projeção horizontal para além do plano do acabamento de 3 a 4 cm e um remate do tipo pingadeira na sua extremidade. Adicionalmente, os parapeitos deverão ter um dispositivo nas suas extremidades laterais (ranhura, pequeno canalete, parede vertical, etc.), que impeça a água de escorrer lateralmente, obrigando-a a escorrer pelo bordo frontal.

SELEÇÃO DO TIPO DE ACABAMENTO

O acabamento usual em Sistemas é realizado com revestimentos de base orgânica do tipo REVESTIDAN SATE acrílico. Caso se pretenda a aplicação de cores escuras, dever- -se-á aplicar um revestimento em pintura sobre este acabamento, com REVESTIDAN SATE COOL, garantindo um índice de reflexão solar superior a 25%.

Caso se pretenda um acabamento com maior resistência à humidade e consequente menor contaminação biológica, garantindo níveis de durabilidade superiores, a recomendação é a aplicação de REVESTIDAN SATE SLX. Por último, se a intenção for a proteção com uma solução com efeito fotocatalítico, as opções são REVESTIDAN SLX NOx ou REVESTIDAN SATE NOx.

MANUTENÇÃO DE SISTEMAS ETICS

Deverá ser previsto um plano de manutenção dos sistemas ETICS, que poderá passar pela simples limpeza ou remoção de sujidades e agentes biológicos contaminantes, ou por reparações localizadas por anomalias na execução, nos materiais ou no uso do sistema. Os nossos serviços técnicos estão disponíveis para colaborar na elaboração e execução deste plano.

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Acompanhamo-lo durante todo o processo

  • Relatório personalizado e detalhado da execução do seu projecto
  • Aconselhamento na prestação de ajudas e subvenções
  • Disponibilidade de contactos dos melhores instaladores de ETICS
  • Aconselhamento técnico em obra)